quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Afinal, porque somos tão preconceituosos?

Segundo os dicionários:

Preconceito (pre-con-cei-to)

S.m.

“Preconceito é um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória contra pessoas ou lugares diferentes daqueles que consideramos nossos. Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém ao que lhe é diferente”.


Resumindo: Preconceito é julgar tudo o que parece diferente do contexto ao que estamos acostumados... como ruim. Sim, ruim. Seja uma profissão, uma raça, um estilo, uma religião ou uma orientação sexual.
Por exemplo, um lixeiro. Ele é um profissional renegado por muitos, afinal, ganha a sua vida de forma suja, recolhendo dejetos, mal vestido, suado e em meio ao fedor. Muitas pessoas sentem nojo destes profissionais, por conta do seu trabalho. Quer fazer um teste? Pergunte aos seus amigos, se eles dariam um aperto de mão em um lixeiro e veja qual vai ser a resposta deles. Muitos dirão não, mas justificarão dizendo o seguinte: “Ah, eu não apertaria, mas sem preconceito, nada contra os lixeiros.”. Eles são preconceituosos, meu amigo. Sabe por quê? Porque estão tendo um pré-conceito de que aquele pobre homem é sujo 24 horas por dia. Isso é errado. Ele é um ser humano... e é importante para a sociedade. Quem garante a você que o homem que recolhe o seu lixo, não é mais culto do que você?

Negros são os maiores alvos de preconceitos na atual sociedade. Na maior parte das vezes, negros são preconceituosos com outros negros. Estranho não? Pois é... brancos também são preconceituosos com outros brancos, mas não pela cor, pelo jeito de se vestir, pelas musicas que se ouve...pelo modo como agem...pela orientação sexual. Quem nunca ouviu alguém dizer frases do tipo: “Não tenho nada contra gays... mas tomara Deus que eu não tenha um filho gay”... ou a pior de todas: “Eu prefiro ter um filho drogado ou bandido do que ter um filho gay”.
Vamos pensar juntos: O que é melhor, você ter um filho de caráter, boa índole, trabalhador... ou um filho assassino, estuprador e drogado?
“Puxa, meu filho estupra garotas de quinze anos... mas pelo menos não é gay”. Você ficou chocado com a frase? Sim, eu também. Sabe o que é mais triste? Muita gente pensa assim. Porque não podemos aceitar a nossa sociedade como ela é, aceitar as pessoas que formam a nossa sociedade do jeito que ela é. Gays, lésbicas, negros, macumbeiros, lixeiros, bandidos.
Sim, até eu acabei tendo um preconceito ao escrever esse texto, ao citar os marginais como algo desprezível. Se forem criminosos, foi porque a sociedade os fez assim. Se a sociedade os fez assim, é porque em algum momento, eles sofreram preconceito, quem sabe em uma entrevista de emprego ou na escola. Se não fossem os preconceitos existentes no mundo, certamente não teriam tantos marginais, não teria tanta desigualdade.
Se você para pensar, quem se preocupa pouco com o mundo sofre preconceito: “olha o cara... cagando e andando para o planeta”. Quem se preocupa demais também: “Olha o cara... achando que vai conseguir mudar alguma coisa, é um coitado”.

Recentemente conheci uma garota que enfrenta problemas com a mãe por ser bissexual. Qual o problema disso? Uma garota de caráter, marginalizada pela própria mãe, por fazer as suas próprias escolhas e por essas escolhas não condizerem com a moral e a ética dela. Puxa século 21. Vamos abrir as nossas mentes, nos aceitar como somos. Igualdade. Vamos respeitar o próximo. Escuta Padre Marcelo Rossi meu amigo?! Que bom, problema seu, se te faz feliz, vai firme. É a tua moral, é o que tu necessita para ser feliz? Que bom vai firme.
Respeito: vamos guardar esta palavra.
Se cada um cuidar de si e aceitar o próximas admirando apenas o que se tem em comum, sem ficar apenas apontando erros ou imperfeições, pode ter certeza que o mundo, vai ser um lugar melhor.
Sabe qual a parte irônica disso tudo?
Alguém certamente terá um pré-conceito ao ler este texto.

3 comentários:

  1. Às vezes alguns 'procuram' o preconceito. Ex: 50% das pessoas que gostam de coxinhas odeiam quem não gosta das mesmas, discutem, fazem birra, mas não lembram de que os outros não são obrigados a gostar delas. Lembrando que também existem os outros 50% que também gostam de coxinhas e estão nem aí para quem gosta ou deixa de gostar disso.

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  2. Eu sofro mt preconceito por ser lésbica, principalmente nesse ano d 2010, que quase repeti de ano por culpa de uma professora que só sabia falar mal de mim para outros alunos me chamando de incapaz, falava mal das minhas roupas, se recusava a dar vistos para mim, entre outras coisas, de forma resumida ela adorava me desmerecer por eu ser lésbica. Segundo ela, eu parecia ser uma pessoa anti-social quando ela me conheceu. Eu que era anti-social? Certeza? Mas graças a Deus ja terminei a escola. Fora ela, tinha outros alunos, como por exemplo, uma garota da minha sala preferia morrer de sede a deixar eu ir pegar água pra ela.

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  3. eu acho que no fundo no fundo todos temos um tipo de preconceito. Por isso que o mundo é assim a maioria fala ' eu não tenho preconceito' é mentira no fundo no fundo todos temos preconceitoi infelizmente o mundo é assim =/

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