Projetor #1: O espetacular homem-aranha é realmente espetacular!

Quando o diretor Sam Raimi (da fantástica trilogia “Uma Noite Alucinante”) assumiu em 2001 o projeto de levar o aracnídeo mais famoso das histórias em quadrinhos para as telas do cinema, em uma época em que os heróis ainda não estavam consolidados nas grandes telas, sabia exatamente o tamanho do desafio que iria enfrentar. Foram três filmes, que na modésta opinião deste que vos escreve foram simplesmente fantásticos. Quase três bilhões de dólares em bilheteria e dois dos três filmes (a primeira e a última parte da trilogia) entre as vinte maiores bilheterias da história.O retorno já era visto e consolidado, tanto pela crítica, quanto pelo público. Apesar de todos os louros colhido por Raimi em uma das mais fantásticas trilogias da história do cinema, o diretor não retornou para uma quarta parte da história do aranha, devido a divergências do próprio Raimi com a Sony (produtora e detentora dos direitos do aranha). A Sony não achou “viável” o roteiro proposto pelo diretor e impôs algumas mudanças que não foram aceitas pelo diretor. Como a franquia era algo extremamente lucrativo, a Sony não perdeu tempo e resolveu dar um “reboot” (começar tudo do zero) na série. Escalou para a direção, o famoso diretor de videoclipes Marc Webb (Do sofrível e sonolento “500 dias com ela”) e para o papel de Peter Parker o ator Andrew Garfield (de “A rede social”). 

Confesso que em um primeiro momento, o filme não me chamou muito a atenção, talvez devido ao apego que eu trazia comigo da trilogia anterior. O filme tem enormes diferenças com relação a seus antecessores e se aproxima muito mais do aranha dos quadrinhos. A teia usada pelo aranha nesta nova versão é um composto produzido pela Oscorp e lançada por dispositivos projetados pelo próprio Parker, diferente da primeira adaptação, onde a teia era produzia pelo corpo do próprio aranha. Outra diferença é o interesse amoroso da Parker: Sai de cena a ruiva Mary Jane-Watson e entra em cena Gwen Stacy (primeiro interesse amoroso da Parker nos quadrinhos) e que foi vista em cena no último filme do aranha lançado para o cinema. O filme mostra mais afundo a história de Parker e traz átona um vilão conhecido e que esteve presente na primeira trilogia, mas foi pouco explorado: Dr. Curt Connors, também conhecido como lagarto. O filme agrada, tem boas cenas de ação e apresenta uma nova visão do herói, um pouco mais despojado e sarcastico, mais ainda com a clássica timidez que faz de Peter Parker um dos personagens mais queridos dos quadrinhos. Vale o ingresso e certamente merece (e terá) uma continuação. 

Nota: 8/10
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